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ESPAÇO DA COMISSÃO CRCPR ENSINO PARA DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS PUBLICADOS EM PERÍODOS DO SEGMENTO

"Um estudo publicado na revista Ciências Sociais Aplicadas em Revista (Unioeste) analisou como o estresse ocupacional afeta auditores independentes no Brasil, explorando as principais fontes de tensão, as estratégias de enfrentamento e os reflexos sobre o bem-estar desses profissionais. O trabalho foi conduzido por Carinna Pereira da Silva, Naiara Leite dos Santos Sant’Ana, Thicia Stela Lima Sampaio, Maria Layane Silva Gomes e Nélida Astezia Castro Cervantes, todas vinculadas à Universidade Federal do Ceará.

A pesquisa coletou dados de 204 auditores em atuação no país por meio de questionário online, aplicando escalas reconhecidas de coping ocupacional e bem-estar no trabalho. A maioria dos participantes tinha até 26 anos, atuava há até três anos na área e estava concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste. Mesmo diante de um cenário de alta exigência e cobrança, a satisfação com a carreira de auditoria mostrou-se relevante, com predominância de avaliações positivas entre os respondentes.

O principal fator de estresse relatado foi a carga horária excessiva, seguida de questões ligadas à comunicação nas equipes, como retrabalho por falhas de informação e delegação de tarefas sem clareza. Por outro lado, atividades como viagens a clientes tendem a ser vistas de forma menos estressante, sinalizando que a variedade nas experiências pode aliviar a rotina intensa.

Para enfrentar as pressões do trabalho, os auditores relatam priorizar estratégias ativas: esforçar-se para entregar resultados, buscar apoio entre colegas, intensificar o planejamento e ver desafios como oportunidades de crescimento. Estratégias de esquiva, como evitar situações de conflito ou adiar decisões, aparecem com menor frequência. Técnicas formais de relaxamento ou apoio psicológico, no entanto, ainda são pouco adotadas.

A análise do bem-estar revela uma convivência de sentimentos positivos e negativos. Os profissionais demonstram entusiasmo e orgulho pela carreira, mas também relatam tensão, ansiedade e preocupação frequentes. Esse quadro reforça a complexidade emocional da atividade de auditoria, que exige constante equilíbrio entre responsabilidade, prazos rígidos e ambiente competitivo.

O estudo destaca que o estresse ocupacional pode comprometer a qualidade da auditoria, ao afetar o ceticismo profissional e a capacidade de julgamento crítico. As autoras sugerem que firmas, órgãos de classe e profissionais adotem medidas para mitigar as fontes de estresse, promovendo ambientes mais saudáveis e estratégias de cuidado à saúde mental, especialmente no contexto pós-pandemia e com novas formas de trabalho."

Para mais informações, contate os autores:

Conheça o estudo em Ciências Sociais Aplicadas em Revista (Unioeste)

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