Durante o evento, foi aberta a exposição “Cooperativismo: história, legado e futuro”, no hall de entrada do Palácio Iguaçu, onde permanecerá por algumas semanas para visitação. Os eventos marcam o início do Fórum dos Presidentes das Cooperativas Paranaenses, promovido pelo Sistema Ocepar.

A iniciativa do Ano Internacional das Cooperativas reforça o papel da modalidade de negócios na erradicação da pobreza, no empoderamento de grupos marginalizados, como mulheres, pessoas com deficiência, povos indígenas e na luta contra a fome e a desigualdade. De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2024, produzido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), atualmente existem 3 milhões de cooperativas e 1 bilhão de cooperados no mundo. Somente o Brasil possui 21 das 300 maiores cooperativas globais, além disso, o país possui 4.509 cooperativas presentes em mais de 3.624 municípios.

Segundo definição estabelecida pelo Comitê para a Promoção e o Avanço das Cooperativas (COPAC), cooperativas são empresas controladas pelos próprios membros que atendem. Tal modelo garante que as decisões sejam tomadas para equilibrar tanto o lucro quanto as necessidades e os interesses de seus membros e comunidades.

“Quando falamos em cooperativismo um cuidado se faz necessário, é não confundir trabalho em conjunto – muito presente no período da história antiga, medieval e moderna – com cooperação que é a espinha dorsal do cooperativismo. O que se percebe é que grande parte dos trabalhos realizados de maneira conjunta nos períodos citados, não passavam de trabalho escravo ou análogo a escravo. Enquanto aquele tipo de trabalho oprimi as pessoas, a cooperação presente no cooperativismo, as liberta”, explica o vice-presidente.
“A Sociedade dos Probos de Rochdale é considerada a primeira cooperativa do planeta. Embora dentre os 28 fundadores existia somente uma mulher, coube as mulheres a missão de “salvar” a primeira cooperativa, já que parcela significativa dos homens havia se tornada dependente do álcool.”, conclui Laudelino.

As cooperativas podem ser formadas em diversos setores econômicos, como agropecuária, saúde, serviços financeiros, educação, geração de energia, transporte e outros. O modelo de negócios possui sete princípios fundamentais que visam contribuir para o bem-estar e desenvolvimento sustentável da sociedade:

1. Associação voluntária e aberta;
2. Controle democrático de membros;
3. Participação econômica dos membros;
4. Autonomia e independência;
5. Educação, treinamento e informação
6. Cooperação entre cooperativas;
7. Preocupação com a comunidade;

Além de 2025 ser escolhido como o ano Internacional do Cooperativismo, no dia 5 de julho se comemora o Dia Internacional das Cooperativas, que teve como tema da vez: “Cooperativas Impulsionando Soluções Inclusivas e Sustentáveis ​​para um Mundo Melhor”. A data especial tem como objetivo também impulsionar e dar destaque ao crescimento do modelo global de negócios. Segundo a ONU, as cooperativas geram empregos ou oportunidades de trabalho para 280 milhões de pessoas, o equivalente a 10% da mão-de-obra global.

“Quanto mais desenvolvida uma nação, maior será a presença do cooperativismo. No Brasil, a presença do cooperativismo nos municípios guarda relação com o IDH – índice de desenvolvimento humano: quanto mais cooperativas, melhor é o IDH”, explica Laudelino. 

*Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar).

Fontes: Sistema Ocepar, Sistema OCB, UN News, ONU Brasil, 2025.Coop.

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