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ESPAÇO DA COMISSÃO CRCPR ENSINO PARA DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS DO SEGMENTO

Compartilhar, curtir, navegar e não estudar!  Quais as motivações e as consequências do uso de aparelhos tecnológicos para distração durante as aulas?

"Se você é professor, provavelmente o uso pelos estudantes de smartphones durante as aulas para fins de distração ocupa uma parcela de suas conversas e desabafos com colegas de trabalho. Por outro lado, se você é estudante, provavelmente já viu seus amigos ou até mesmo você mexendo no smartphone ao invés de prestar atenção na aula. No intuito de compreender este cenário cada vez mais frequente os professores Alison Martins Meurer e Flaviano Costa, ambos do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Paraná, desenvolveram o estudo “Compartilhar, curtir, navegar e não estudar! Cyberloafing de estudantes de Ciências Contábeis” o qual foi publicado na Revista Contabilidade & Finanças da Universidade de São Paulo, um dos mais importantes canais de comunicação científica da área contábil no Brasil. Cyberloafing é o termo utilizado pelos pesquisadores para denominar o mau uso da internet e de aparelhos tecnológicos no ambiente educacional.

Participaram da pesquisa 404 estudantes de cursos de Ciências Contábeis de diferentes regiões do Brasil, no intuito de analisar os precedentes e as consequências relacionados à manifestação do comportamento cyberloafing de estudantes de Ciências Contábeis a partir do uso pessoal da internet e de dispositivos tecnológicos em sala de aula. A pesquisa se destaca por fornecer contribuições de elementos que podem ser aprimorados no processo educacional a fim de tornar o ambiente de ensino mais atrativo aos estudantes.

Um dos pontos indicados no estudo é o fato de que motivações pessoais como preguiça, vício tecnológico, contato com os amigos e a influência dos colegas são mais impactantes para o cyberloafing do que propriamente a qualidade dos materiais apresentados pelos professores, a falta de interesse nos assuntos discutidos em sala, a dificuldade para compreender o assunto, a desmotivação com o curso ou a facilidade em 'colar' nas avaliações. Além disso, entre as principais atividades se destacam o acesso ao WhatsApp, acessar o e-mail e curtir fotos no Instagram e Facebook.

Os pesquisadores ainda chamam a atenção para o fato de que a procrastinação das atividades acadêmicas e se isolar de pessoas próximas e de familiares são as principais consequências do comportamento cyberloafing percebida pelos estudantesO mais interessante da pesquisa é notar que o mau uso da tecnologia durante as aulas afeta a aprendizagem dos estudantes e este fato é reconhecido por eles. Resta saber como serão os rumos daqui para frente." 

Autores:

Alison Martins Meurer (alisonmeurer@ufpr.br)

Professor do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Paraná


Flaviano Costa (flaviano@ufpr.br)

Universidade Federal do Paraná


Conheça o estudo na íntegra:

Trabalho apresentado no XXI USP International Conference in Accounting, julho de 2021. Disponível em:



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