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Curitiba, a "capital da Lava Jato", sediou, de 12 a 14 de março, o 1º Fórum Nacional sobre Crimes Econômico-Financeiros. O evento aconteceu Teatro Positivo, com o objetivo de promover a troca de conhecimentos entre profissionais que se dedicam ao combate à lavagem de dinheiro e à corrupção por meio da a aplicação de técnicas científicas, tecnologia e fundamentação jurídica, e foi promovido pela Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais e Polícia Federal. Entre os palestrantes e debatedores, descaram-se as presenças de diversos profissionais ligados às investigações da maior operação de combate à corrupção da história do País, incluindo representantes do Ministério Público Federal, e Justiça Federal, como o procurador Roberson Pozzobon, a juíza Gabriela Hardt, que substituiu o ministro Sérgio Moro  no julgamento de processos relativos à operação.

No dia 14, o vice-presidente de Administração e Finanças do CRCPR, Laudelino Jochem, participou do painel “Discussões dos Conselhos: compliance, governança corporativa e educação continuada”, mediado pelo perito criminal federal Otávio Allemand Borges, com a participação do presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR) Carlos Magno Bittencourt, do representante da Chicago University, o advogado Fábio Losso, e do vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCSP, João Carlos Castilho Garcia, que iniciou o debate falando sobre o profissional de contabilidade e a proposta de educação continuada do Sistema CFC/CRCs. “O contador é o formador da base de informações contábeis e econômicas para rastreamento de perícias. O programa de educação continuada é importante para o aperfeiçoamento do profissional e melhoria das análises periciais realizadas”, disse.

Segundo o presidente do Corecon-PR, Carlos Bittencourt, a governança corporativa envolve a transparência, integridade, a prestação de contas e o compliance. "Com a Lava Jato percebemos o quão importante é a discussão tema, a legislação é a base para dar segurança aos stakeholders. No Brasil há a Lei Anticorrupção, que trata da parte administrativa e civil, que tornou mais clara a relação bilateral entre um fornecedor e o cliente público. Também, a Lei das Estatais e deu uma sustentação aos entes públicos". Citou ainda que o Corecon também possui cursos de capacitação aos peritos econômico-financeiros.

Já o vice-presidente de Administração e Finanças do CRCPR, Laudelino Jochem, explicou que mais de 60% dos crimes econômico-financeiros cometidos no Brasil estão relacionados à falta de valores éticos e morais. Para ele, de nada adiantaria os melhores programas sem esses valores estarem arraigados junto aos colaboradores nas organizações. "Descobri que o ser humano é movido a agir dentro de grupos, que agem por determinadas afinidades. Quando os valores éticos são fortes, traz resultados. Trazendo para o compliance, como levar os valores que a empresa acredita, vejo que se deve ter um braço fora das suas paredes e atingir aos grupos familiares dos funcionários".

Com informações do blog do evento e foto do Corecon-PR