No encontro desta quinta (11) da Comissão de Coordenadores de Cursos e Professores de Ciências Contábeis do CRCPR, estiveram presentes representantes de 12 Instituições de Ensino Superior (IESs), abrangendo cursos de graduação, mestrado, doutorado e especializações.
Sob a coordenação da professora Melania Carnhelutti (Unicesumar), a reunião contou com a participação de Marcos Rigoni (presidente, CRCPR); Laudelino Jochem (vice-presidente, CRCPR); Gerson Borges de Macedo (diretor superintendente, CRCPR); Cleverson Pereira Leal e Paulinho Rene Stefanello (IFPR-Curitiba); Celso da Rosa Filho e Sayuri Uroki de Azevedo (UFPR); Luciana F. R. Palombo (Positivo); Luci Michelon Lohmann (PUCPR); Rafael Micheviz (Tuiuti), Leila Lúcia Arruda (Faculdade São Brás - FSB); Thomires E. P. Badaró de Lima (Faculdade Opet/Uniopet); Lucimara Candiotto (Estácio); Flávio Fuhr (IFPR, Palmas); Cesiro A. da Cunha Jr. (Uniandrade); e Joel Pereira Munhoz Jr. (Faculdade Santa Cruz).
Durante a primeira parte do evento, o professor Rafael Micheviz, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná, apresentou as definições gerais sobre o 1º Congresso Profissional e Acadêmico em Contabilidade do Paraná, organizado em conjunto com a Comissão Estadual do Jovem Contabilista e da Integração Estudantil, de 9 a 11 de outubro de 2019, no auditório do CRCPR, com os objetivos de abordar as vertentes do desenvolvimento profissional e acadêmico em contabilidade, divulgar a produção técnico-científica da área, estabelecer um canal para debate entre profissionais e acadêmicos e fortalecer o intercâmbio entre as escolas de graduação, pós-graduação e o mercado de trabalho nacional e internacional. “O Paraná é o segundo maior polo industrial e agrícola e apresenta crescente demanda por profissionais com um perfil executivo, tendo em vista o grande número de empresas multinacionais que reportam as suas informações financeiras, econômicas e sociais para diversos países do mundo. Como essas empresas demandam profissionais com perfil de controladoria e o mercado de trabalho local oferta profissionais mais voltados para empresa do Simples Nacional, acaba sendo necessário ‘importar’ gente de São Paulo. Às vezes acontece até de a empresa desistir de manter a área administrativa aqui, devido à dificuldade de manter seus quadros. Esse é um dos pontos que queremos trazer à discussão durante o evento”, explicou.
A professora Melania Carnhelutti, na sequência, colocou em discussão a ideia de realizar o Ciclo de Estudos Contábeis de Curitiba (CECOC) como um evento paralelo ao 1º Congresso Profissional e Acadêmico em Contabilidade do Paraná. A proposta teve boa receptividade e as discussões para viabilizá-la terão sequência no próximo encontro do grupo.
A seguir, teve início a palestra do professor Ricardo Rios, “A contabilidade e a inteligência artificial relacionada à educação 4.0”. Rios é mestre em Ciências Contábeis, pós-graduado em Gestão Empresarial. Radicado em São Paulo, ele atua na área contábil tributária há 24 anos, é professor universitário e coordenador do curso de Ciências Contábeis da UNINOVE. Ele iniciou traçando um panorama da revolução que a tecnologia está causando no mercado de trabalho, com exemplos como uma pizzaria do Vale do Silício onde todo o processo – atendimento, produção e entrega – é feito por robôs, com um alto grau de satisfação por parte dos clientes. Também falou sobre as mudanças que estão acontecendo no mercado contábil para introduzir a temática de como as instituições de ensino precisam se transformar para formar pessoas capazes de construir suas carreiras em um mercado em que a inteligência artificial está avançando em velocidade vertiginosa sobre as tarefas corriqueiras e até mesmo sobre as mais elaboradas, já que a tecnologia está produzindo computadores capazes de aprender, tomar decisões e se comportar de forma cada vez mais próxima à inteligência humana.
Outro ponto importante destacado por ele foi a necessidade de as instituições de ensino se adaptarem à forma de aprendizado das gerações atuais, que já nasceram conectadas. Segundo Rios, para um aprendizado efetivo, é necessário que o protagonismo na sala de aula seja transferido do professor para os alunos e que o mestre atue como um mentor, guiando-os na construção coletiva do conhecimento.