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Palestra do CRCPR ao Vivo abordou aspectos Tributários Polêmicos do Terceiro Setor







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Mudanças recentes na legislação que estabelece os parâmetros de atuação das entidades do Terceiro Setor, em especial o novo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Lei 13.019/2014), regulamentada pelo Decreto nº 8.726/2016, que estabelece regras e procedimentos do regime jurídico das parcerias celebradas entre a administração pública federal e as organizações da sociedade civil, vêm provocando importantes impactos na forma de administrar essas entidades. Ao longo do ano de 2016, o CRCPR promoveu diversos eventos voltados ao esclarecimento de dúvidas e gestores e contabilistas que atuam nessas organizações. O mais recente, a palestra "Terceiro Setor: Aspectos Tributários Polêmicos", aconteceu na última quarta-feira (30/11), no auditório do CRCPR, com transmissão pela internet para todo o Paraná.






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Com público presencial de 122 pessoas e mais 384 links conectados pela internet a palestra foi proferida pelo advogado Leandro Martins de Souza, advogado especializado em direito tributário e do Terceiro Setor, doutor em direito do Estado pela USP, mestre em direito econômico e social pela PUCPR, ex-presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB/PR (2011-2015), representante da OAB/PR no Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente - CEDCA (2013-2015) e membro do Conselho Fiscal da Fundação Boticário, que iniciou sua apresentação falando sobre a origem da terminologia Terceiro Setor. Segundo ele, o termo foi cunhado nos Estados Unidos, em meados do século passado, quando a sociedade americana discutia se determinadas ações deveriam ser de responsabilidade do Estado ou da própria sociedade. À época, contou, pesquisas de opinião indicaram que a maioria dos americanos considerava que a própria sociedade deveria se encarregar de cuidar dos problemas de suas comunidades, por meio das então denominadas entidades do Terceiro Setor.

Após traçar um breve panorama sobre o Terceiro Setor no Brasil, o atual ambiente jurídico e as mudanças trazidas pelo novo Marco Regulatório, concentrou a atenção nas questões relativas da imunidade a impostos, imunidade a contribuição para a seguridade social, indicando como as entidades devem proceder para se tornarem aptas a obter imunidades, como consegui-las e como mantê-las.

Reconstruindo vidas

Exemplo típico de entidade do Terceiro Setor, iniciativa de um grupo de cidadãos em prol de sua comunidade, a Associação Missão Reconstruir, localizada no município de Agudos do Sul, que trata pessoas que sofrem de dependência química, foi a beneficiária das doações de alimentos dos participantes na modalidade presencial. Representada por seu vice-presidente, Mauro Jakimiu, a entidade recebeu simbolicamente do vice-presidente de Relações Sociais do CRCPR, Narciso Doro, e da conselheira suplente Jéssica Dallagrana, integrante da Comissão do Programa de Voluntariado da Classe Contábil (PVCC), os mais de 350 kg de alimentos arrecadados.






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"Diferente do que muitos podem pensar, os dependentes químicos que recorrem a instituições como a nossa não são apenas pessoas carentes, que vão parar nas ruas por falta de recursos para se sustentar. Atendemos gente com diploma universitário - dentistas, advogados, médicos, engenheiros - que por alguma circunstância, em algum momento de suas vidas, experimentaram as drogas e não conseguiram mais sair. São pessoas cujas vidas foram totalmente demolidas pelo vício, das quais as famílias, o Estado, e muitas vezes até mesmo a Igreja já desistiu", contou Jakimiu. "A cada pessoa que resgatamos, estamos aliviando não apenas o sofrimento daquele indivíduo, mas também de uma família e de toda a sociedade. Estou relatando isso para que vocês saibam o quanto é importante para a nossa entidade o que para vocês é apenas uma pequena contribuição. Por isso, quero deixar aqui registrados nossos sinceros agradecimentos", encerrou.