Em solenidade dia 21 de agosto, às 11h, no auditório do CRCPR, um grupo de contabilistas recém-formados recebeu a carteira profissional. A cerimônia tem como objetivos principais ressaltar a importância do documento, dar boas-vindas aos novos profissionais e ao mesmo tempo apresentar-lhes o seu Conselho, tendo sido prestigiada, além do vice-presidente de Registro, Sandro Di Carlo Teixeira, pelo presidente Paulo Caetano e vários conselheiros do CRCPR. Esta foi a segunda entrega solene de carteira realizada este ano.
Significado da solenidade e da carteira
?Os cursos Técnico em Contabilidade ou Ciências Contábeis que uma pessoa faz para ser contabilista representam um passo necessário. Mas quem se forma só é efetivamente contabilista ao fazer o seu registro no CRC e receber a identidade profissional?, argumenta o vice-presidente de Registro, Sandro Di Carlo Teixeira.
Ele complementa: ?Não é meramente simbólico, portanto, o significado da solenidade. Ela assinala o momento real em que se assume a identidade profissional de contabilista e a de contador. É somente a partir desse momento que se pode assinar, como profissional responsável, tudo o que as prerrogativas da lei que rege a profissão permite?.
A carteira é a indicação de que, além da habilitação em contabilidade, o profissional merece crédito, contando com o aval do CRC. Ela sintetiza, pois, séculos de história nos quais a atividade contábil se desenvolveu para se transformar em uma profissão de valor social reconhecido. No caso brasileiro, os esforços de regulamentação da profissão vêm desde a época do descobrimento. Em 1549, D. João III nomeou guarda-livros para o Brasil colônia e, em 1770, Dom José, rei de Portugal, publicou uma Carta de Lei segundo a qual só podiam obter empregos públicos, fazer escriturações, contas ou laudos os guarda-livros matriculados na Junta do Comércio.
Pleno respeito, no entanto, à vinculação entre formação e liberdade para exercer a profissão só passou a existir rigorosamente, em nosso país, mais de 400 anos depois da descoberta, a partir da criação, em 1946, do sistema formado pelo Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade, que passaram a cuidar do registro e da fiscalização da profissão.
Abre portas
Numa época de desemprego em massa, a carteira de contabilista abre as portas para uma das atividades com o mais amplo leque de oportunidades. Só no setor privado são mais de 4,5 milhões de empresas, além de incontáveis órgãos públicos e instituições de ensino. ?Jamais esquecer, porém, que a carteira profissional, a despeito dos seus modernos recursos, não é varinha mágica. Não faz milagres por si só. Para ter sucesso, é decisivo continuar investindo em formação educacional, crescimento e desenvolvimento. O profissional que não se integrar a esse processo imposto pela alta competitividade do mercado estará sujeito à marginalização?, alerta Sandro.
Ao dar as boas-vindas aos novos profissionais, o presidente Paulo Caetano sublinhou que eles passam a fazer parte de uma família que soma mais de 26 mil profissionais no Paraná e cerca de 400 mil no Brasil e que o Conselho está sempre de portas abertas. O presidente do CRCPR disse também que quanto mais fortes forem as entidades da classe, mais valorizada será a profissão, sendo decisiva a participação de todos.