Desde os primeiros instantes à frente do Poder Executivo do Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior vem colocando em prática seu propósito de implementar mudanças e modernizar a gestão do Estado. A troca do comando da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), órgão responsável pelo Registro Empresarial, no dia 8 de janeiro, por meio do Decreto nº 64, publicado no Diário Oficial, em sua edição nº 10349, foi uma das medidas adotadas nesse início de governo com tal finalidade. O novo presidente da autarquia, Marcos Sebastião Rigoni de Mello, que há mais de 20 anos participa das entidades contábeis, exercendo atualmente seu segundo mandato como presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), onde também atuou como vice-presidente em várias gestões, foi o escolhido por Ratinho Júnior para levar ao cabo essa missão.
Com uma profícua carreira na Contabilidade, este paranaense nascido em Porto Amazonas também acumula experiência como diretor do Sindicato dos Contabilistas de Curitiba e do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná – SESCAP-PR. Bacharel em Ciências Contábeis pela FAE e pós-graduado em Contabilidade Gerencial e Auditoria pelo CDE-FAE, Rigoni foi supervisor contábil da Petróleo Ipiranga, consultor tributário e instrutor de cursos das empresas Mapa Fiscal e IOB, tendo participado do grupo responsável pelo lançamento das mesas-redondas que por muito tempo levaram informações técnicas aos profissionais de todo o Paraná. Foi também instrutor de cursos do SENAC, nas áreas contábil e tributária, e juiz classista.
Nesta entrevista exclusiva, concedida em meio a sua cada vez mais atribulada agenda de compromissos, já que acumula o comando das duas entidades, ele detalha seus projetos e desafios para modernizar e agilizar os processos da Jucepar, buscando eliminar gargalos que tanto dificultam a vida dos profissionais contábeis e das empresas paranaenses. Confira:
CRCPR Online: Quais são os seus planos e prioridades no comando da Junta Comercial do Paraná?
Marcos Rigoni: Meu principal projeto é transformar a Junta Comercial do Paraná na número um do Brasil. Conferir ao órgão rapidez, agilidade e dar um retorno ao usuário da Jucepar. Quero chegar a um ponto em que consigamos abrir uma empresa em um dia. Outro aspecto fundamental é que a Junta Comercial tem que ser um órgão totalmente técnico, independente e nada político. Os governantes precisam entender a importância da Jucepar, pois todo e qualquer centavo de investimento que chega ao Paraná, nasce e ganha vida na Jucepar.
Quais foram as recomendações do governador Ratinho Junior ao oficializar a sua nomeação?
MR: Em linha com seu compromisso de modernizar o Estado, o governador foi enfático quanto à necessidade de informatizar a Jucepar tanto quanto possível, tornando-a mais funcional e conferindo maior rapidez à liberação de processos, deixando para trás as agruras vivenciadas pelos empreendedores e profissionais da contabilidade por conta da burocracia.
Quais os principais desafios dessa nova função?
MR: Sem dúvida, os principais desafios são vencer as barreiras e quebrar os paradigmas de um órgão público – cujo funcionamento é obrigado a cumprir uma série de amarras legais –, a fim de que possamos transformar a Jucepar na Junta Comercial número um do Brasil. O País está entrando em uma nova era e precisamos todos estar abertos a mudanças e dispostos a contribuir para mudar o que for preciso para torná-lo mais competitivo e ajudá-lo a voltar a crescer.
Como surgiu a oportunidade da sua indicação para o cargo?
MR: Em meados do ano passado, fiz um convite ao então deputado estadual Ratinho Júnior para que visitasse o CRCPR. Na ocasião, falei a ele sobre a importância da classe contábil paranaense, quantos somos, quantos empregamos e que todas empresas passam por nossas mãos. Disse também que os profissionais contábeis são os maiores usuários da Jucepar, e por isso sabem como a autarquia funciona e o que precisa ser feito para a transformação da Junta. A minha nomeação foi uma consequência natural do reconhecimento por parte do governador de que os profissionais da contabilidade têm muito a contribuir para melhorar o funcionamento de um órgão tão essencial para o crescimento e funcionamento do setor privado do nosso Estado.
O que o senhor espera agregar da sua experiência como empresário contábil e como presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná à sua atuação na Jucepar?
MR: Tenho a experiência do setor privado, bem como, a experiência de comandar uma instituição fantástica, organizada e funcional como o CRCPR. Essa vivência me dará condições de transformar a Jucepar, mas para isso, é importante ter o apoio dos nossos governantes. A junta Comercial tem que ser uma entidade técnica, que busque sempre oferecer padrões de excelência na prestação de serviços aos usuários.