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Um seleto grupo de profissionais da contabilidade interessados em ampliar seus conhecimentos e o impacto de suas ações em prol das comunidades em que vivem compareceu ao Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR) na manhã desta terça-feira (28) para participar do Dia Nacional do Voluntariado CRCPR. 

O conselheiro suplente Francisco Savi, coordenador do PVCC no Paraná. Ele fez um breve relato das ações que a comissão vem desenvolvendo no Estado ao seleto público que compareceu ao evento na manhã da última terça (28).

As boas vindas foram dadas aos participantes pelo conselheiro suplente Francisco Savi, coordenador do PVCC no Paraná. Ele fez um breve relato das ações que a comissão vem desenvolvendo no Estado, como as palestras sobre orçamento familiar e finanças pessoais ministradas pelos voluntários a famílias e jovens de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social, as ações de incentivo à destinação do Imposto de Renda aos Fundos da Criança e do Adolescente e aos Fundos da Pessoa Idosa, atividades voltadas à cidadania fiscal, como a participação de voluntários nos Observatórios Sociais e o incentivo à participação no programa Nota Paraná, etc. Realizou também uma prestação de contas sobre as doações de alimentos que o CRCPR arregada a título de ingresso social.

O pato e a galinha

Tânia Mara Cardozo, diretora executiva e cofundadora da Associação Voluntários Amigos (AVA), pautou sua palestra pela sensibilização dos cidadãos à participação em ações de voluntariado. A bancária aposentada relatou sua experiência, sobre o bem que lhe faz dedicar tempo e recursos a fazer o bem para outras pessoas. Parabenizou a classe contábil por contar com um programa estruturado como o PVCC, pois "essa organização permite ampliar o alcance das ações", segundo ela. Contou que em uma de suas andanças em trabalhos voluntários, um senhor disse a ela: - Não sejam patos, sejam galinhas! "Mas o que isto quer dizer?", ela questionou. Ele explicou que muitos voluntários acham que não devem divulgar suas ações, com medo de parecer que estão se autopromovendo às custas das pessoas que recebem a ajuda, e ficam em silêncio, como faz a pata ao botar ovos. "O certo é vocês contarem para todo mundo, como faz a galinha, que sai cacarejando quando bota seu ovo. Assim, testemunhando a sua alegria pelo bem que você fez, mais pessoas se sentirão motivadas a fazer o mesmo". Lição aprendida, Tânia dedica atualmente boa parte de seu tempo a ministrar palestras de incentivo como a que apresentou no CRCPR. 

Participem de programas formais e deem mais visibilidade às suas ações, para inspirar outras pessoas a fazer o mesmo", incentivou a palestrante.

Em uma breve enquete realizada pela palestrante, cerca de metade do público presente declarou já realizar algum tipo de ação voluntária, mas muito poucos disseram estar cadastrados entre os 480 participantes do PVCC ou em qualquer outro tipo de entidade que organiza essas ações. "Façam como a galinha. Participem de programas formais e deem mais visibilidade às suas ações, para inspirar outras pessoas a fazer o mesmo", incentivou.

Doações a entidades do Terceiro Setor

DSC_0062 (2).JPGEncerrando a programação, o advogado especialista em legislação e tributação do Terceiro Setor, Juliano Lirani, falou sobre os Requisitos para Imunidade e Isenção do ITCMD - Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação. Lirani, que é membro da Comissão do Profissional do Terceiro Setor do CRCPR, traçou um panorama da legislação atual, apontando oportunidades e armadilhas a que os contadores de entidades que recebem esse tipo de recurso devem ficar atentos. 

Como ampla experiência nesse segmento, ele relatou alguns pontos de estudos a que vem se dedicando para propor melhorias no marco regulatório, a fim de facilitar o recebimento desse tipo de receita pelas entidades, o que representaria um incentivo tanto para doadores como para os responsáveis pela captação dos recursos.

Também traçou um comparativo da cultura brasileira em relação a outros países no que diz respeito à transmissão do patrimônio. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a tributação das heranças é altíssima. Por outro lado, exintem grandes incentivos para que os proprietários de grandes fortunas realizem doações a entidades filantrópicas. A legislação local reflete uma filosofia que incentiva os herdeiros a construir seu próprio patrimônio. Já no Brasil, o cenário privilegia a acumulação de patrimônio pessoal e transmissão entre gerações", explicou.

O evento, organizado pela Comissão Estadual do Programa do Voluntariado da Classe Contábil, marcou as comemorações do 33º Dia Nacional do Voluntariado, instituído em 1985 pela Lei nº 7.352, com o objetivo de reconhecer e homenagear pessoas que colocam um pouco de tempo e talentos a serviço de causas de interesse social, sem qualquer tipo de remuneração, atuando junto a entidades públicas ou instituições privadas sem fins lucrativos.