Após 23 anos à frente da delegacia do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR) em Goioerê, o contador Roque Ademir Karoleski está deixando o cargo. Karoleski representou o CRCPR na região, que compreende também os municípios de Boa Esperança, Janiopolis, Mariluz, Moreira Sales, Paraná D’Oeste, Quarto Centenário, Rancho Alegre D’Oeste; reunindo atualmente 121 profissionais da contabilidade com registros ativos e 36 escritórios de contabilidade.
Juntamente com sua esposa Maria Aparecida Demarchi Karoleski, Roque conduziu por 45 anos o escritório Alvorada Contabilidade e Assessoria, em Goioerê, agora liderado por seus filhos. Além da contabilidade, Roque foi reconhecido por ser o criador do Leitão Maturado, prato típico do município, que teve sua primeira edição em 2003. Desde então, atua de modo voluntário para coordenar o preparo da carne servida na Festa do Leitão Maturado na região, que já chegou a atender dez mil pessoas. Em 2013, a Câmara Municipal de Goioerê homenageou Roque como Cidadão Benemérito, em sessão solene.
Na entrevista a seguir, ele conta como foi a sua trajetória como delegado, o que mudou na contabilidade durante esse período e, na sua percepção, quais os reflexos da profissão na sociedade.
CRCPR Online: Quais são as principais atribuições de um delegado regional do CRCPR e como foi sua gestão?
RK: O papel do delegado regional do CRCPR é representar o conselho e ser um elo de ligação com os profissionais de contabilidade da região. Tive facilidade com a aceitação das pessoas, já fui também presidente da Associação dos Contabilistas da região e conhecia os profissionais. Acredito que cumpri minha função com dignidade e atendi as expectativas do Conselho e dos contabilistas. Agradeço ao CRCPR, aos diretores e conselhos diretores que me auxiliaram no sucesso desta gestão ao longo dos anos.
CRCPR Online: O que mais mudou na contabilidade durante esses anos? Qual foi o momento mais desafiador da profissão?
RK: Nos últimos anos, os órgãos de arrecadação e de fiscalização transferiram mais responsabilidades para os contribuintes, que muitas vezes não conseguiram atendê-los e buscaram cada vez mais o profissional de contabilidade. Além disto, os órgãos do governo redistribuíram cada vez mais atividades aos profissionais de contabilidade, o que aumentou muito a responsabilidade da profissão. Neste tempo, também houve a informatização, que demandou grande adaptação dos profissionais. Mas foi uma evolução necessária que posteriormente facilitou o nosso trabalho.
CRCPR Online: O senhor tem algum conselho especial para novos delegados?
RK: Aconselho a assumir a função pensando em dignificar a categoria. O mais importante é ser um bom profissional, que possa liderar e representar da melhor forma os profissionais de contabilidade.