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Entramos na Era Digital, diz Nivaldo Cleto, um dos palestrantes da 15ª Convenção dos Contabilistas do Paraná.

Amanhã, 31, último dia para parcelar o valor da inscrição

Na palestra que fará, no dia 24, às 11h, na 15ª Convenção dos Contabilistas do Paraná, em Cascavel, Nivaldo Cleto explicará em detalhes qual o impacto do Sistema Público de Escrituração Digital ? SPED para as empresas brasileiras e poderá esclarecer aos presentes os pontos polêmicos do projeto. ?Trata-se de uma mudança radical de usos e costumes de dezenas de anos aonde nossos tataravós, os Guarda-Livros, transcreviam os livros diários primeiro a caneta tinteiro, depois usavam a datilografia para em seguida transcrever no papel com utilização de gelatina copiativa, então apareceram os computadores que imprimiam os arquivos digitais em papel para posterior registro, agora é o fim da impressão em papel, pois o arquivo digital é validado e assinado eletronicamente com a Certificação Digital, convertido em layout determinado, enviado via ReceitaNet Sped para o SPED Nacional, registrado nas Juntas Comerciais, mantendo-se no meio digital com todo o respaldo legal?, adianta ele.

Contador, membro do Comitê Gestor da Internet do Brasil, coordenador do Projeto da Nova Identidade do Profissional da Contabilidade e do Grupo Nacional da Massificação da Certificação Digital do CFC, Nivaldo Cleto é atualmente um dos brasileiros com maior experiência em Tecnologia da Informação e acompanha o Sped desde o início da implantação do projeto.

Trabalhos técnicos

Pesquisadores em geral que quiserem expor seus estudos na convenção devem enviá-los até 15 de agosto através do Portal da Convenção. Cada autor pode apresentar até três abordagens inéditas. Para serem aceitos, os trabalhos devem ser elaborados nas seguintes áreas temáticas: Tema Livre, desde que relacionado à contabilidade;Teoria da Contabilidade; Contabilidade Gerencial; Contabilidade Internacional; Contabilidade para Usuários Externos; Auditoria e Perícia; Contabilidade Governamental e do Terceiro Setor; Governança Corporativa, Ética e Responsabilidade Social; Educação e Pesquisa em Contabilidade; Contabilidade Ambiental e Balanço Social; e Contabilidade Rural.

Inscrição

Até amanhã, 31 de julho, ainda é possível fazer a inscrição para a 15ª Convenção, com valor especial: R$ 100 para estudante, R$ 220,00 (profissional), R$ 250,00 (outros) e R$ 140,00 (acompanhantes). Estes valores podem ser parcelados em até duas vezes. Além de subirem, só poderão ser pagos à vista a partir de 1° de agosto. Embora dirigida especialmente aos contabilistas, professores e estudantes de contabilidade, a convenção traz uma programação eclética interessante também para quem não é da área. Caso da palestra do repórter da Rede Globo Caco Barcellos e dos shows do comediante Fábio Moraes e da Orquestra Paranaense de Viola Caipira, entre outras atrações. O evento, de 23 a 25 de setembro, deve reunir entre 800 a mil pessoas no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel. Confira a programação completa, outras informações e como fazer a inscrição no site www.crcpr.org.br

Entrevista com Nivaldo Cleto sobre o Sped

Nome: Nivaldo Cleto
Idade: 50 anos
Profissão: Contador
Cargo: Diretor Administrativo
Empresa: Clássico Consultoria, Auditoria e Tecnologia Contábil Ltda
Sócio da Clássico Consultoria, Auditoria e Tecnologia Contábil S/C Ltda., com escritório na Rua Caiowaá, 225 Perdizes desde 1978. Vogal da Junta Comercial do Estado de São Paulo, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Gestão 2007/2011. Membro Eleito do Comitê Gestor da Internet do Brasil 2007/2010 (CGI-br) Setor Empresarial Usuário. Perito Judicial pelas Varas do Trabalho, Federal e Cível- Estado de São Paulo. Coordenador do Projeto da Nova Identidade do Profissional da Contabilidade pelo Conselho Federal de Contabilidade
Coordenador do Grupo Nacional da Massificação da Certificação Digital ? pelo CFC, juntamente com SEBRAE, FENACON, ITI, Receita Federal do Brasil, Camara E.net, AC CERTISIGN, SERASA, SERPRO, CAIXA, SESCAP-CE e outras entidades. Diretor da Fenacon de 2001 até 2007. Presidente da Junta Comercial do Estado de São Paulo pelo Governo do Estado de São Paulo Gestão 2001/2002.

Desde quando o senhor conhece o SPED?
Desde as primeiras reuniões do COTEC em 2004 na cidade de Brasília-DF, dependências da Receita Federal do Brasil. Nas primeiras reuniões do SPED representei a Fenacon, em seguida acompanhei como consultor de TI do Conselho Federal de Contabilidade.

O que destacar sobre essa fase?
A rapidez com que os técnicos da Receita Federal e Sefaz colocaram em prática a utilização da escrituração contábil digital e nota fiscal eletrônica. Em 19 de outubro de 2006 tive a oportunidade de presenciar na Fiergs o lançamento nacional da NFe, para mim foi o marco do Sped Nacional. Neste evento foi emitida a primeira NF-e e o DANFE ? Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica pela DIMED. Agora estamos vivenciando o segundo capítulo do SPED com exigência do envio da Escrituração Contábil Digital ? ECD pelas empresas de grande porte ao Sped Contábil. Como membro da Junta Comercial do Estado de São Paulo, estou envolvido na regulamentação e orientação dos usuários no registro da ECD no lugar do antigo Livro Diário. É gratificante poder auxiliar os usuários a esclarecerem as principais dúvidas.

As pessoas do seu relacionamento profissional compreendiam e acreditavam no projeto do SPED?
Toda mudança de processos, principalmente na área tecnológica gera uma desconfiança, pela própria natureza do ser humano, parecia que não acreditavam que um projeto dessa magnitude desse certo em tão curto espaço de tempo. Agora não tem mais retorno, é obrigatório, é lei e deve ser cumprida.

Qual foi a reação das empresas ao projeto?
O fato curioso na implementação do Sped Fiscal, principalmente relativo à NF-e foi a vontade das empresas aderirem ao projeto sem a obrigatoriedade das autoridades tributárias, pois é desejo do empresário a transparência para acabar com a concorrência desleal em face da enorme sonegação existente com a utilização dos meios tradicionais de emissão de documentos fiscais. Meus novos clientes já solicitam a adesão à Nota Fiscal Eletrônica de imediato.

Quais os principais desafios que o Sped traz para os contabilistas?
Vamos falar dos profissionais da contabilidade, que estão a cada dia que passa tendo a necessidade de fazer parcerias com os técnicos da área de TI para colocar em prática as exigências das autoridades tributárias, principalmente na geração e validação dos arquivos eletrônicos para posterior envio ao Sped Nacional. O maior desafio será a adaptação a curtíssimo prazo a um novo processo de desmaterialização dos livros contábeis.

E para as empresas?
Os empresários queiram ou não, deverão rever todos os processos de informática e infraestrutura nas suas empresas, pois desde já os arquivos eletrônicos deverão ser mantidos dentro de servidores internos ou externos (data centers), com banco de dados atualizados para atender à nova demanda digital do governo eletrônico. Todos os arquivos eletrônicos gerados para a escrituração contábil, fiscal e notas fiscais eletrônicas, serão enviados ao fisco através do Sped.

Quais são os ganhos para as empresas?
Os empresários terão a grande oportunidade de oferecer seus produtos e serviços no mercado com uma melhor competitividade e concorrência leal, pois estimamos que com a implementação global das obrigações digitais, haverá uma grande tendência de acabar com as empresas que tem por hábito sonegar os impostos. Também com a obrigatoriedade da geração e transmissão dos arquivos na forma digital, todos os processos internos terão uma maior confiabilidade, sendo que haverá agilização de processos e diminuição de erros humanos, minimizando prejuízos. Está aberta a possibilidade de aumentar os rendimentos dos profissionais de visão, ao perceberem que estamos passando por mais uma importante mudança de procedimentos nas quais os empresários necessitarão de serviços de consultoria qualificada e especializada no segmento contábil e tecnológico para atender à nova demanda.

Quais os impactos do Sped para o País?
O principal desafio para o Brasil será de assimilar essa transição do papel para o meio digital em todos os municípios, e para que isso seja possível o governo deverá através de políticas públicas facilitar o acesso da totalidade da população, principalmente aquelas ligadas ao segmento empresarial (incluindo os PMEs), à grande rede Internet, pois todo o tráfego de informações para viabilizar na prática essas mudanças dependem da facilidade do acesso à rede, treinamento e ampliação da infra-estrutura. A massificação da utilização da Banda Larga, em minha opinião, é um dos maiores desafios para o nosso Governo.