Descartar o lixo corretamente pode ser um grande impulsionador social. A palestra “Inclusão Digital na Amazônia – Economia Circular e Negócios de Impacto socioambiental” refletiu sobre várias questões ambientais e sociais e teve como palestrantes o fundador do programa Descarte Correto, Alessandro Dinelli, e o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU I), Claudemir Andrade.

O painel do XIII Encontro Nacional da Mulher Contabilista (ENMC) foi mediado pela presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO), Sucena Hummel, que recebeu e apresentou os palestrantes. “É uma honra apresentar este tema tão importante para a sociedade”, disse Sucena.

Dinelli começou contando que promoveu um trabalho de inclusão social na Amazônia com o intuito de reaproveitar o lixo eletrônico e colaborar para a economia circular. “Foi assim que eu percebi que trabalhar com resíduo eletrônico contribuía para um trabalho social, ajudava o meio ambiente e me possibilitava ter uma fonte de renda”.

Atualmente, o lixo coletado pela sua empresa em vários pontos passa por uma triagem e tem duas destinações. Os lixos que não podem mais ser aproveitados, como metais e plásticos, sofrem um processo de manufatura e vão para as indústrias para serem usados como matéria-prima. A outra parte dos resíduos é transformada em produtos para inclusão social e é doada para comunidades carentes.

“Todos têm direito de usufruir do meio ambiente”, disse o presidente do CMDU I, Claudemir Andrade. Arquiteto e urbanista especialista em Gestão Ambiental, ele afirmou que planejar a cidade tem uma importância estratégica para o correto desenvolvimento urbano, sem negligenciar as questões habitacionais e sociais.

O Conselho presidido por Andrade aprecia projetos, muitas vezes procurando regularizar construções e buscando mitigar impactos ambientais. “Nossa missão não é apenas aprovar edificações, mas lembrar sempre que a cidade é composta por pessoas, que têm o direito à moradia digna e ao meio ambiente saudável.”