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Pioneiro na abordagem sistemática da questão da diversidade e inclusão no ambiente contábil, o Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), por meio da Comissão da Diversidade e Inclusão Profissional, promoveu, nesta quinta-feira (27), o 1º Encontro das Comissões de Diversidade e Inclusão de Conselhos Regionais de Contabilidade. O evento aconteceu na modalidade online e reuniu grande parte das entidades do Sistema CFC/CRCs, totalizando mais de 50 participantes.

Os trabalhos foram conduzidos pelo coordenador da Comissão promotora do evento, o prof. Iago França Lopes. Na abertura, o presidente do CRCPR, Laudelino Jochem, discorreu brevemente sobrea experiência do conselho desde a criação da Comissão de Diversidade e Inclusão do CRCPR, compartilhando a experiência do CRCPR com a pauta inclusão e diversidade. 

“Quando tomei a decisão de criar a Comissão de diversidade e inclusão, fui bastante criticado, interna e externamente. O Paraná é um estado que precisa avançar muito nesse sentido. Ainda ouço comentários que me deixam bastante preocupado e triste, pois em pleno século 21, nós já deveríamos, como seres humanos, ter superado as questões raciais, de gênero, entre outras. Mas ainda temos uma camada muito grande da população, e dos profissionais da contabilidade, que seguem agindo com preconceito e que acabam atrapalhando o bom convívio, o bom relacionamento dentro da sociedade. (...) Mas hoje, depois de mais um ano de criação dessa comissão, começo a perceber que as pessoas começam a refletir sobre essa causa e começaram a ver que realmente é preciso mudar,” afirmou.

A diretora executiva do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Elys Tevania, que representou o presidente Aécio Dantas, parabenizou a iniciativa e falou sobre a implantação do programa CFC Inclusivo:

 “O grande objetivo do Conselho Federal de Contabilidade, com essa bandeira da inclusão, é melhorar o ambiente na classe contábil para que as minorias possam se sentir mais abraçadas, mais acolhidas. Nós tivemos testemunhos de professores que, dentro da sala de aula, viram muitos alunos desistirem, porque não se sentiam acolhidos, não se sentiam parte dessa profissão. Então, é claro que estamos falando aqui de uma mudança de cultura, de uma mudança estrutural”, disse. 

 A diretora destacou ainda a linha de atuação da bandeira inclusiva do CFC. “Nossa pauta está muito alinhada às ODS da ONU. Está vinculada às tendências da Federação internacional (IFAC). Então, a gente tem muita coisa a fazer.”, afirmou. Lembrou também da complexidade e da sensibilidade que carrega esse tema.  “Temos um trabalho enorme pela frente. Qualquer um que faz parte de um grupo de minoria, só quem sente a discriminação, sabe quanto que isso corrói a nossa alma, corrói o nosso espírito, porque não é a capacidade técnica, científica ou intelectual das pessoas, mas sim ser taxado ou discriminado porque nasceu nordestino, mulher, negro ou portador de necessidades especiais”, ressaltou.

Os presidentes dos CRCs da Bahia, André Luís Barbosa dos Santos, e de São Paulo, José Aparecido Maion, também participaram da abertura do evento, com relatos de suas experiências na abordagem do tema em seus estados.

Acompanhe em breve a cobertura completa do evento aqui no site do CRCPR.



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