"A abordagem do valor público traz uma nova perspectiva sobre o desempenho do setor público, ao tomar o valor percebido pelo cidadão e pela sociedade como orientador das ações da administração pública. Ela reconhece as contribuições do setor privado para a melhoria da gestão pública, como a busca pela satisfação do cidadão na prestação de serviços públicos e o aprimoramento da eficiência e produtividade. No entanto, vai além ao considerar as especificidades do setor público, argumentando que a gestão pública deve focar em ações que criem valor público, assim como gestores de organizações privadas visam criar valor privado. A abordagem do valor público contribui ao direcionar a atenção dos gestores públicos para ações e políticas com valor percebido pela sociedade, levando em conta a atuação em um ambiente democrático. Esse enfoque não apenas melhora o atendimento das necessidades individuais e coletivas, mas também ressignifica o papel do cidadão, seja por sua importância na obtenção de legitimidade pelos governos, seja ao reconhecê-lo como parceiro ou coprodutor na criação de valor público", explica Portulhak.

"A inteligência artificial (IA) está transformando a profissão de contador no setor público, e aumentando a eficiência e a transparência das operações financeiras. A automação de tarefas repetitivas, como inserção de dados e elaboração de relatórios, permite que os contadores se concentrem em funções analíticas e estratégicas. Além disso, a IA aprimora a análise de dados, facilitando a identificação de padrões e anomalias, e auxilia na previsão de receitas e despesas com base em dados históricos. Outra aplicação relevante da IA é na detecção de fraudes, monitorando transações em tempo real e alertando sobre comportamentos suspeitos. A IA também facilita o acesso da população a informações financeiras. Em resumo, a IA tem o potencial de transformar a contabilidade no setor público, promovendo automação, análise de dados, previsão financeira e detecção de fraudes, contribuindo para uma gestão pública mais eficiente e responsiva", ressaltou Alpendre.