Comissão traça estratégias para profissionais da área de cooperativas no Paraná
Questões que permeiam a convergência das regras do setor cooperativista às normais internacionais de contabilidade foram discutidas, na última segunda-feira, 4, no CRCPR, durante reunião de membros da Comissão do Profissional Contábil da Área Cooperativista, recém-criada, com o presidente do CRCPR, Marcos Rigoni, e o vice-presidente Laudelino Jochem, autor do livro "Cooperativismo – uma abordagem histórico-filosófica". Segundo ele, um dos pontos debatidos foi a correta classificação das cotas de capital nas Sociedades Cooperativas. Uma instrução emitida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o ICPC 14, modifica o lançamento da cota-parte dos cooperados para o Passivo Não Circulante. A cota-parte corresponde ao capital social que visa a assegurar a estabilidade patrimonial da sociedade. Essa determinação é uma tradução da IFRIC 02, publicada em novembro de 2004 pelo IASB. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) tem se mobilizado junto aos órgãos de regulamentação, como o CFC, o CPC e o Ibracon, para alinhar a realidade das cooperativas brasileiras às normativas internacionais.
Foi justamente o crescimento do cooperativismo no Brasil e em particular no Paraná que motivou o CRCPR a constituir a Comissão do Profissional Contábil da Área Cooperativista. O País conta hoje com 6,8 mil empresas, em 13 ramos (agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte, turismo e lazer), nas quais trabalham 340 mil pessoas. Muitos dos profissionais envolvidos com o setor são da esfera contábil. Para esse público, a comissão estuda a realização de um fórum específico para discutir os aspectos básicos da contabilidade, as legislações específicas, plano de contas e demonstrações contábeis, entre outros tópicos.