Coalizão propõe reforma política e eleições limpas
Mais de cem entidades, entre elas o Conselho Federal de Contabilidade e conselhos regionais de contabilidade, já participam da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, movimento que defende a revisão do sistema político brasileiro por meio de um projeto de lei de iniciativa popular, assim como no caso da Lei da Ficha Limpa, que reuniu quase 2 milhões de assinaturas, encerrando um jejum de quase cinco anos sem que uma matéria de iniciativa popular fosse convertida em lei pelo Congresso Nacional.
A qualidade do transporte público, a crescente violência urbana, a deficiência na educação, a precariedade da saúde pública, a carência de esporte e lazer para a juventude e a falta de terra para os trabalhadores que precisam são alguns dos inúmeros problemas sociais que a sociedade brasileira sofre há muito tempo.
Por que tais problemas nunca são resolvidos? Porque a solução deles depende da aprovação de muitas reformas como a reforma urbana, a reforma agrária, a reforma tributária e a reforma política. Todas elas precisam ser aprovadas no Congresso Nacional do Brasil. Mas o Congresso impede que tais reformas sejam aprovadas. Isto porque parte dele representa os interesses de uma pequena parte da sociedade que financia as campanhas eleitorais, ou seja, de algumas poucas empresas. Assim, as necessidades da maior parte da população nunca são atendidas de verdade.
É isso que causa grande parte da corrupção política gerando inclusive a atual crise de representatividade no País. Só com uma Reforma Política Democrática será possível superar tais problemas que degradam a democracia brasileira.
O projeto apresenta uma proposta de representação política mais identificada com a maior parte da sociedade. Os quatro pontos principais desta proposta são:
1. Proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do Financiamento Democrático de Campanha; 2. Eleições proporcionais em dois turnos; 3. Paridade de gênero na lista pré-ordenada; 4. Fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes.