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Cecoc tem início com bate-papo sobre governança pública e privada

Estudantes de Ciências Contábeis, em sua maioria, além de professores e profissionais da contabilidade participaram ontem, 27, às 19h, na PUC-PR, da solenidade abertura do 14º Ciclo de Estudos Contábeis de Curitiba e de um bate-papo sobre governança pública e privada.









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Cerca de mil pessoas estiveram presentes às atividades do Cecoc, ontem, 27, na PUC-PR.






Promovido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, em parceria com as coordenações de cursos de Ciências Contábeis e das entidades de classe - Federação dos Contabilistas do Paraná, Sescap-PR e Sindicato dos Contabilistas de Curitiba - o Cecoc é um dos mais importantes eventos paranaenses focados na discussão de temas atuais da contabilidade. Essa 14ª edição contou com a organização dos professores Claudio Marcelo Cordeiro, José Siderlei, Luci Michelon Lohmann, Lucio Tracz, Marcos Custódio, Moroni Cordeiro e Viviane da Costa Freitag.





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Ao abrir o evento, a presidente do CRCPR, Lucélia Lecheta, depois de agradecer a PUC-PR e demais instituições parceiras, ressaltou a preocupação com o ensino da contabilidade – os estudantes são a classe contábil do futuro. Depende muito da qualidade dos cursos e da dedicação dos professores formar profissionais que terão papel de destaque nas organizações contábeis, nos órgãos públicos e nas empresas. A contabilidade vive um momento positivo de valorização e de mudanças ditadas pela harmonização das normas contábeis brasileiras às internacionais e o avanço das novas tecnologias.
A presidente disse ainda que o CRCPR tem sido e vai continuar sendo um parceiro das instituições em todas as iniciativas voltadas à melhoria do ensino. Informou que o Conselho mantém permanentemente um programa de educação continuada que oferece cursos de atualização em todo o Paraná.










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Autoridades na cerimônia de abertura: Marcos Custódio, coordenador da Comissão de Coordenadores e Professores de Ciências Contábeis do CRCPR; Carlos Alexandre Peres, sócio da PWC; Marcelo Marco Bertoldi, coordenador geral do Paraná do IBGC; Luci Michelon Lohmann, coordenadora do curso de Ciências Contábeis do campus Curitiba da PUC-PR; Divanzir Chiminacio, presidente da Federação dos Contabilistas do Paraná; Lucélia Lecheta, presidente do CRCPR; Marciano de Almeida Cunha, professor do curso de Administração da Escola de Negócios da PUCPR; Dirceu Tadeu Vaz, vice-presidente do Sicontiba; Euclides Locatelli, diretor jurídico do Sescap-PR; Nivaldo Soares de Souza, Coordenador do Curso de Ciências Contábeis das Faculdades SPEI; Eduardo Damião, professor da Escola de Negócios da PUC-PR, professor Roberto Marcos Navarro e outros.






Governança, tema do momento

Uma das maiores preocupações de gestores, na atualidade, a governança é promessa melhoria do desempenho, eficiência, sucesso e da transparência das empresas e dos entes públicos, desafio que envolve em especial os profissionais da contabilidade.









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Para falar sobre o tema foram convidados os palestrantes Carlos Alexandre Peres, sócio da PWC, responsável pelas práticas do Paraná e de Santa Catarina e coordenador do Capítulo Paraná do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC, e Marcelo Marco Bertoldi, coordenador geral do Paraná do IBGC . O IBGC é uma entidade sem fins lucrativos que visa ser referência em governança corporativa, produz publicações e pesquisas sobre o assunto. O talk show foi intermediado por Marciano de Almeida Cunha, professor do curso de Administração da Escola de Negócios da PUCPR.

Os palestrantes apresentaram conceitos básicos de governança, demarcaram os campos, os ambientes e as práticas da governança pública e a privada. Explicaram que a expressão governança corporativa foi criada para superar um conflito entre acionistas e administradores. O proprietário (acionista) delega a um agente especializado (administrador) o poder de decisão sobre a empresa (nos termos da lei), situação em que podem surgir divergências no entendimento de cada um dos grupos daquilo que consideram ser o melhor para a empresa e que as práticas de governança corporativa buscam superar. Os princípios são basicamente os mesmos para as duas áreas, a privada e a pública. Uma diferença, por exemplo, é que empresas prestam contas aos sócios e clientes, e órgãos públicos à população e entidades de controle, como os legislativos e os tribunais de contas. A governança corporativa tem a ver com a responsabilidade de prestar contas – a chamada accountability.

As empresas apelam mais à governança para se tornarem mais competitivas, buscar resultados e crescerem, já os entes públicos visam mais a transparência, a adequação à legislação, o gerenciamento correto e ético dos recursos econômicos.

Vários conceitos e dúvidas sobre o tema foram elucidados durante o bate-papo. Ficou claro, no entanto, que as diversas concepções terminam se complementando. Todas salientam o uso das estratégias e práticas de governança para organizar e melhorar a eficácia das gestões pública e privada. No caso público, além dos órgãos e seus gestores, ela envolve também a sociedade.

Na esfera privada, a governança tem o importante papel de harmonizar os interesses de sócios ou acionistas e gestores, que em certos casos podem ser conflitantes: Os primeiros têm como principais interesses o lucro e a sobrevivência da empresa no longo prazo. Já os gestores atuam sob a influência de metas e objetivos mais imediatos, cujo não cumprimento pode impactar na sua permanência na organização, obtenção de bônus, etc.

Tanto na esfera pública quanto na privada, governança implica estratégias de gerenciamento, controle, supervisão e responsabilização.









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Em tom de descontração, o talk show, que aconteceu no TUCA, foi transmitido simultaneamente para outros dois auditórios lotados da PUC, Tristão de Ataíde e Grégor Mendel, contando com cerca de 1.000 participantes, alguns deles tendo sido convidados ao palco para interagir com os palestrantes.