17ª Convenção teve manhã movimentada na quinta (18), com nove eventos simultâneos

A advogada paranaense Rosângela Wolff Moro, esposa do juiz federal Sérgio Moro, a contadora, advogada e empresária gaúcha Simone Zanon, delegada do CRCRS em Santa Maria, e a juíza mineira Antonia Faleiros, da 1ª vara criminal de Itabuna (BA) revezaram-se ao microfone para compartilhar suas histórias de vida, desafios e conquistas, mostrando, acima de tudo, que não importa o tamanho do obstáculo, o importante é o comprometimento para superá-lo.

A eloquente magistrada contou com humor e autenticidade sua história de superação – do trabalho infantil como cortadora de cana a juíza e professora universitária, emocionando a todos.

Rosângela Wolff Moro, por sua vez, mostrou que, apesar de toda a recente exposição de que sua família vem sendo alvo desde o início da Operação Lava Jato, ela é uma super-mulher como outras tantas brasileiras que seguem batalhando dentro de qualquer lar pelo país afora – gente como a gente –, que trabalha, estuda, organiza a casa, cuida dos filhos, ajuda na lição de casa – ainda que pela tela do smartphone – faz supermercado, com a diferença de que agora está convivendo com o assédio dos apoiadores da Lava Jato e fãs do juiz Sérgio Moro. “É um aprendizado diário”, disse, pontuando que em certos momentos é preciso estabelecer limites, para manter protegida sua vida privada, sem deixar de sair de casa. Ao longo de sua exposição, foi pontuando o relato com algumas palavras que representam valores que norteiam a sua vida, tais como respeito, família, cumplicidade e parceria, para definir a maneira como ela e sua família mantêm a harmonia e um dia a dia dentro da normalidade, mesmo estando, no momento, no olho do tonado. “Nas oportunidades em que tenho acompanhado meu marido em eventos internacionais, é interessante notar que lá fora este processo de expor e combater a corrupção que estamos vivenciando é visto de uma maneira muito positiva”, relatou. “Falando como cidadã, e não como esposa, reconheço a importância do trabalho que está sendo feito por toda a equipe envolvida na Lava Jato. Mas é importante lembrar que o Sérgio Moro é apenas um membro desta equipe e que, felizmente, tem diversos Sérgios Moros pelo Brasil afora”.

“Quer me ver conseguir fazer alguma coisa, é só dizer que eu não posso”, sintetizou a gaúcha de Santa Maria, Simone Zanon. Contadora, advogada, empresária, delegada do CRCRS, ela contou como dá conta de todas as demandas da sua rotina profissional e pessoal, equilibrando suas atribuições profissionais com a realização de trabalho voluntário, a atualização profissional constante e os cuidados com o filho de 12 anos. "Se eu fosse esperar a hora certa, nunca teria me tornado mãe, mas os filhos sempre nos surpreendem. É claro que o meu filho sente a minha falta, por exemplo, quando eu viajo. Mas ele sempre diz o quanto acha importante o que eu faço", contou.

Sobre a conquista de espaço pelas mulheres no mercado de trabalho, relatou que nunca sentiu o preconceito diretamente, mas citou o exemplo de um cliente, no início de sua carreira, que em seu primeiro contato pareceu fazer de tudo para desmoralizá-la. "É uma característica pessoal dele, mas eu o enfrentei em nosso encontro seguinte, estando preparada para cada questionamento. Talvez hoje eu agisse de uma maneira diferente, mas o fato é que ele passou a me respeitar".

audiência. No primeiro, o especialista Renor Valério da Silva, proprietário de uma empresa de perícias técnicas na área de engenharia, compartilhou sua ampla experiência neste segmento de mercado com profissionais contábeis que já atuam ou pretendem atuar como peritos, trilhando um caminho que ainda se encontra em fase de regulamentação dentro do escopo de atuação das Ciências Contábeis, tendo sido criado, por iniciativa do Conselho Federal de Contabilidade, o Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), pela Resolução CFC n.º 1.502 , de 19 de fevereiro de 2016, e alterada pela Resolução CFC n.º 1.513, de 26 de outubro de 2016, com o objetivo de oferecer ao judiciário e à sociedade uma lista de profissionais qualificados que atuam como Peritos Contábeis, permitindo ao Sistema CFC/CRCs identificá-los com o intuito de dar maior celeridade à ação do poder judiciário, uma vez que se poderá conhecer geograficamente e, também, por especialidade a disponibilidade desses profissionais. Mais recentemente, o CFC estabeleceu o Exame de Qualificação

Técnica, regulamentado pela NBC PP 02 de 2016, exigido a partir deste ano para os contadores que quiserem entrar no CNPC.

Com mediação do contador Everson Breda Carlin, coordenador da Comissão dos Profissionais de Auditoria do CRCPR, o fórum dos Auditores Contábeis teve início com a apresentação de Edson Costa, contador e administrador de empresas, sócio-diretor da empresa de auditoria da KPMG, com experiência internacional, tendo atuado nos Estados Unidos, México e França. Participa como instrutor em cursos e treinamentos de contabilidade e auditoria e participa em projetos voltados ao terceiro setor.

Ele falou sobre os principais pontos da IFRS 16 - Leases, pronunciamento emitido

em 13 de janeiro de 2016, que deve ser adotado obrigatoriamente a partir de 1 de janeiro de 2019. A nova norma abandona parcialmente o modelo duplo de contabilização de arrendamentos. Resumidamente, a IFRS 16 especifica como reconhecer, mensurar, apresentar e detalhar arrendamentos. A padronização proporciona um modelo único de contabilização. A IFRS 16 mantém a definição de um arrendamento estabelecido na IAS 17, mas muda a orientação sobre como aplicá-la. As mudanças referem-se, principalmente, ao conceito de controle utilizado na definição, já que a IFRS 16 determina esse item se um contrato estabelece que o cliente tem o direito de controlar o uso de um ativo identificável por um período de tempo estabelecido.

O Fórum dos Coordenadores e Professores de Cursos de Ciências Contábeis debateu a necessidade de repensar conceitos e adotar metodologias inovadoras, que possam universalizar a qualidade do ensino, seja na modalidade presencial ou à distância, incluindo a continuidade da formação acadêmica por meio dos cursos de especialização, mestrado e doutorado.

A palestra da diretora de Suporte à Graduação da PUCPR, vinculada à pró-reitoria de Graduação, no setor responsável pela condução dos processos de inovação pedagógica na instituição, centrados em currículos e avaliação por competências e na incorporação de metodologias de ensino focadas em aprendizagem ativa, Cinthia Bittencourt Spricigo, teve como tema "Metodologias ativas de ensino e aprendizagem: uma reflexão sobre os rumos da educação brasileira".

Substituindo o palestrante Carlos Roberto Juliano Longo, que não pôde comparecer por motivos de ordem familiar, a professora Kátia Ethiene Esteves dos Santos, mestre em Educação, especialista em tecnologias educacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), graduada em Pedagogia e Estudos Sociais pelo Centro Universitário de Santo André (UniA), que atua na área de educação desde 1985 e é membro do Grupo de Pesquisa Vozes, Empoderamento, Inclusão e Direitos Humanos do CNPQ e CoLearn – OPEN University – England, e é autora de diversos artigos referentes às tecnologias na educação e também autora de capítulo de livro sobre Educação a Distância, ministrou a palestra Inovação no ensino superior na era da disrupção: a importância do ensino híbrido nas estratégias acadêmicas.