:: Vice-presidentes de câmaras falam de suas metas

Aproximação maior com as faculdades

João Gelásio Weber é economista e técnico em contabilidade, já foi membro da câmara de controle interno de 2004 a 2005, diretor do Sindicato dos Contabilistas de Curitiba de 1999 a 2004, atualmente é segundo vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Curitiba para o mandato de 2005 a 2007, e vice-presidente da Câmara de Registro do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná.

Folha do CRCPR – Quais são os principais projetos da Câmara de Registro para 2006?
Gelásio – A nossa principal meta é levar o CRCPR a todas as 62 faculdades de contabilidade paranaenses, desenvolvendo palestras e seminários principalmente com os alunos do último ano do curso de ciências contábeis. Particularmente em Curitiba, pretendemos trazer os acadêmicos ao CRCPR, em parceria com os coordenadores de cursos de Ciências Contábeis. Além disso, daremos continuidade aos projetos da câmara que já estão em andamento.

Folha do CRCPR – Quais serão os temas abordados nestas palestras?
Gelásio – Basicamente quatro temas serão abordados: ética profissional, o sistema CFC/CRCs, o mercado de trabalho, e as demais entidades contábeis. O objetivo das palestras é propiciar que os alunos tenham contato com o conselho ainda na faculdade e incentivar o registro consciente.


Criação de macrodelegacias

Sandro Di Carlo Teixeira é técnico em contabilidade e já foi conselheiro do CRCPR na gestão 2004/2005 e presidente do sindicato dos contabilistas de União da Vitória. Atualmente, é o vice-presidente da Câmara de Fiscalização. Em breve entrevista para a Folha do CRCPR Sandro comentou quais serão os principais projetos da câmara de fiscalização para o ano de 2006.

Folha do CRCPR - O que se pode destacar dentre os projetos da câmara para este ano?
Sandro – Além da manutenção das atividades que já vêm sendo exercidas, podemos citar a implantação de macrodelegacias como sendo o principal projeto para 2006. Além disso, a câmara pretende dar continuidade às visitas de fiscalização, e fortalecer o elo entre os contabilistas e o CRCPR.

Folha do CRCPR – O que seriam estas macrodelegacias?
Sandro – São, na verdade, a unificação de várias delegacias de uma região. Cada macro elegerá um representante, que será o coordenador, e que fará o intercâmbio entre o conselho e as delegacias que compõem a sua região.


Reciclagem em massa e valorização do profissional

Na Câmara de Desenvolvimento Profissional assumiu o contabilista londrinense Paulo César Caetano. Com vários projetos já discutidos, ele diz que o carro-chefe de sua “pasta” será a realização de pelo menos 140 cursos de treinamento. “O nosso objetivo é atender um antigo anseio da classe, especialmente das entidades, que é levar às bases treinamentos para reciclar o conhecimento dos contabilistas”, destaca.
A Câmara de Desenvolvimento Profissional também está revisando os conceitos e metodologias de análise dos projetos para treinamento das empresas de auditoria. Segundo Caetano, os critérios adotados no Paraná estão prejudicando os profissionais contabilistas.
Entre suas metas conta ainda o programa Contabilizando o Sucesso, em parceria com o Sebrae, que já formou em torno de 400 profissionais no Estado. Mas o convênio encerra em maio. Em virtude disso, Caetano participa em Brasília, neste mês de março, de uma reunião para renovar o contrato. “O Contabilizando é um programa muito importante e deve ter continuidade. Vamos lutar por isso”, completa.



Responsabilidade social

Uma das novidades no início desta gestão é a criação da Câmara de Integração Social. A vice-presidente eleita para comandar as ações é a contabilista Dolores Locatelli. Segundo ela, a Câmara foi criada pela necessidade de integrar as ações do conselho com a sociedade.
“Nosso trabalho será voltado para a responsabilidade social, queremos devolver à sociedade um pouco daquilo que conquistamos na nossa atividade. Essa é a nossa meta”, diz a vice-presidente.
O principal foco da Câmara será desenvolver ações que visam arrecadar recursos, oriundos de incentivos fiscais, para fundos comunitários, como o Fundo da Infância e Adolescência (Fia), e também para projetos culturais. “Nosso objetivo é a responsabilidade social, por isso temos que usar todas as tangentes”. Ela se refere à nova sede do CRCPR, onde há um novo auditório, que poderá ser usado no incentivo à cultura. “O auditório é um espaço onde poderão ser desenvolvidas produções teatrais. Queremos incentivar a cultura”.
Dolores pretende integrar os profissionais e a sociedade de todo o Estado. “Temos que entrar em sintonia com todos os paranaenses”. A nova câmara reforçará os programas já existentes como Natal Solidário e Criança Feliz.


Fiscalização em cerca de 25 mil empresas

Muitos projetos serão desenvolvidos pela Câmara de Fiscalização, afirma o vice-presidente Antônio Augusto Godoi de Oliveira. Os mais importantes: vamos desenvolver ações de conscientização junto à classe empresarial visando fortalecer a relação empresa –contabilista; verificaremos pelo menos 4 mil declarações de rendimento fornecidas às pessoas físicas; inspecionaremos cerca de 160 órgãos públicos para averiguar se os funcionários lotados na contabilidade são habilitados. Examinaremos nos fóruns se as perícias estão sendo feitas por contador habilitado. A meta é visitar em torno de 25 mil empresas para a verificação do responsável técnico: 10 mil em Curitiba (nos meses de março, abril e maio), seis mil em Londrina (junho e julho), três mil em Maringá (agosto), dois mil em Cascavel (setembro), mil em Foz do Iguaçu (outubro) e três mil em Ponta Grossa (novembro).
Aproximadamente 19 mil demonstrações contábeis serão analisadas quanto à conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade. Ao fiscalizar, CRCPR visa diminuir as infrações cometidas e melhorar os serviços prestados pelos escritórios de contabilidade, valorizando o bom profissional que segue a legislação e cumpre com a ética profissional. A demanda de serviço exigirá o reforço da equipe de inspetores fiscais para o trabalho externo.


Controle das contas

Conferência de documentos: este é o principal trabalho da Câmara de Controle Interno do CRCPR. Pela segunda vez consecutiva a contabilista Ana Maria Golas assume a função de vice-presidente da Câmara que lida com as contas do Conselho e responde pelo cumprimento de obrigações. “É como se fosse uma câmara de auditoria, pois aqui analisamos todos os documentos do CRCPR, de receitas a despesas”, observa. “É muita burocracia, mas é um trabalho importantíssimo e de muita responsabilidade no qual não pode haver falhas”, conclui.
Os principais projetos da Câmara estão relacionados ao controle dos gastos do Conselho, mantendo o equilíbrio financeiro da entidade, por meio do exame criterioso das demonstrações das receitas arrecadadas e das despesas pagas, emissão de parecer sobre balancetes, prestação de contas, balanços e relatórios mensais; exame das prestações de contas das unidades do CRC. O objetivo é obter a aprovação das contas tanto junto ao CFC como perante o Tribunal de Contas da União, uma vez que o CRCPR é uma autarquia federal da administração indireta.

 
<< Voltar