:: Maurício Smijtink assume mais dois anos no CRCPR

Fortalecimento e valorização da classe são prioridades


Reeleito para o biênio 2006/2007, o contador Maurício Fernando Cunha Smijtink pretende dar continuidade aos projetos iniciados na sua primeira gestão, mas tem inúmeros outros a serem desenvolvidos nesses dois anos. A sua posse, dia 17 de fevereiro, já no moderno auditório da nova sede do Conselho, inaugurada em dezembro, foi prestigiada por inúmeros contabilistas, convidados e autoridades. Entre elas, o representante do CFC Juarez Domingues Carneiro; o secretário municipal de Finanças Eduardo da Veiga Sebastiani, representando o prefeito municipal de Curitiba; o presidente da Junta Comercial do Paraná, Júlio Maito Filho; o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, Gilberto Luiz do Amaral; o presidente do Sescap/PR, Mário Elmir Berti; o presidente do Sicontiba, Narciso Doro Junior; o presidente da Fecomércio/PR, Darci Pianna; o presidente do Sindicato dos Contabilistas de Londrina, Carlos Shiguero Kita; o presidente do PPS/PR, Rubens Bueno; o deputado federal Gustavo Fruet; o deputado estadual Rafael Greca e o vereador Stephanes Jr. Além de Maurício, também tomaram posse 42 conselheiros, entre efetivos e suplentes.
Maurício reassumiu agradecendo a confiança a ele depositada. Como disse durante seu discurso, “esse credenciamento não se deu gratuitamente: é o resultado de um trabalho frutífero realizado durante os dois primeiros anos em que estive à frente do CRCPR”.
Em sua primeira gestão, vários projetos e iniciativas lograram grande sucesso, revertendo em fortalecimento e valorização da categoria. Destacam-se, entre eles: o programa Diálogos da Classe Contábil com a Sociedade, Bate-Papo com a classe, ouvidoria, canal de comunicação com os profissionais da área contábil em todo o Estado; artigos publicados semanalmente na imprensa, envio de releases, parcerias com instituições educacionais, campanhas beneficentes, obtenção da certificação ISO-9001:2000, informatização dos escritórios regionais, conclusão da nova sede. A escolha dos novos conselheiros, em eleição via internet, em novembro, também foi um marco em sua gestão.
O presidente reconhece que as ações tiveram uma boa dose de ousadia, mas sempre com responsabilidade. “O nosso foco é o contabilista, principal beneficiário de nossas propostas, felizmente alcançadas”. Mas faz questão de ressaltar o apoio importante que obteve neste período: “Não posso negar que só colhemos frutos em nossa primeira gestão porque fomos muito bem assessorados, apoiados e ajudados de forma decisiva por inteligentes companheiros, eficientes funcionários, dedicados delegados, fecundas parcerias”. E, para dar continuidade ao trabalho, “espero continuar contando com os valorosos conselheiros, funcionários, delegados, contabilistas, parceiros, para que logremos novas vitórias e possamos consolidar as bases das nossas importantes conquistas”, destaca.

Entrega do certificado ISO-9001

Durante a solenidade, a gerente do Instituto de Tecnologia do Paraná – Tecpar –, Virlene Márcia Coturi, entregou o Certificado de Gestão da Qualidade ISO 9001 versão 2000 ao presidente do CRCPR, Maurício Fernando Cunha Smijtink, e ao vice-presidente da Câmara de Desenvolvimento Profissional, Paulo César Caetano, que foi o coordenador da comissão de implantação da ISO.
ENTREVISTA

Folha do CRCPR – Que ações o senhor pretende desenvolver em sua gestão frente ao CRCPR?
Maurício - Estou assumindo um segundo mandato e, como o primeiro foi marcado de êxitos, darei continuidade à mesma filosofia, à mesma linha de ações. Diz o bom senso que não se mexe em equipe que está ganhando jogo. Fizemos uma gestão cujo slogan foi Ousadia com Responsabilidade. Manteremos o slogan. Temos uma série de projetos que, em resumo, vão insistir na mudança de imagem e postura tanto do CRCPR quanto da classe contábil. O CRCPR vai procurar se aproximar ainda mais do contabilista, do profissional em exercício, do estudante, e da sociedade. Defendemos a tese de que os CRCs precisam perder um pouco desse caráter rígido de órgãos meramente registradores e fiscalizadores, embora sejam autarquias criadas para esse fim, ganhando conteúdo de uma instituição mais dinâmica e flexível, menos engessada, realmente mais preocupada e ocupada com a valorização e o crescimento da classe, bem como comprometida com as questões sociais, com o país. Criamos inclusive uma câmara nova, a de Integração Social. Ações nessa linha atendem ao compromisso de cidadania e ao mesmo tempo trabalham a questão da imagem da entidade perante a sociedade. Como órgão máximo da classe é papel do CRC criar essa sintonia. Quem sai ganhando é a classe.
Não quer dizer que vamos fraquejar na fiscalização. Continuaremos vigiando todo o universo dos profissionais e das empresas. Vamos aprimorar os processos que podem fazer com que a contabilidade ganhe destaque entre as atividades sociais, seja respeitada e exercida com ciência e ética, nas empresas e nos órgãos públicos. Realizaremos inclusive uma pesquisa junto aos empresários paranaenses para saber o seu grau de satisfação em relação aos serviços contábeis. De resto, investiremos significativamente em informática, uma ferramenta essencial para melhorar os serviços do Conselho à classe e à sociedade. Obtivemos a ISO 9001:2000, no início do ano, e precisamos oferecer um atendimento de alto nível.

Folha do CRCPR – O senhor considera importante a participação política da classe contábil? Pretende desenvolver ações que estimulem isso?
Maurício - Sem dúvida! Basta lembrar que as mais importantes conquistas da classe contábil ocorreram via política. Essas conquistas só não foram mais expressivas porque a luta, muitas vezes, foi luta de um ou de meia dúzia. Foi no palco político que conseguimos aprovar, nos idos de 1920, a obrigatoriedade do registro profissional e mais tarde de formação específica para o exercício da profissão. É a um decreto-lei que devemos a criação do sistema CFC-CRC. Foi político por excelência o movimento que desencadeamos, no ano passado, contra o aumento de impostos, mais especificamente contra a MP 232. Essa manifestação começou com os contabilistas, reunindo no final cerca de 1.400 entidades, dentre as maiores e mais importantes do país. O governo só desistiu da MP, que aumentava significativamente os impostos para o setor de serviços, pela força que a frente ganhou. Se não houver um trabalho político não conseguiremos transformar o exame de suficiência em lei. O projeto foi vetado pelo presidente Lula. É fundamental, portanto, esse envolvimento com as instâncias todas da democracia. É uma questão de sobrevivência, busca de valorização da classe e também de cidadania: não é mais possível conceber um segmento profissional desligado dos problemas do seu país. A classe contábil, através dos seus órgãos representativos, precisa se politizar mais. Nesse ano eleitoral, estaremos atentos às questões e às ocasiões.

Folha do CRCPR – Nos últimos anos, de uma forma geral, o Sistema CFC/CRCs tem-se preocupado em proporcionar meios de aprimoramento profissional mediante a educação continuada, como melhor forma de fiscalização preventiva. Seu plano de trabalho prevê ações nessa esfera? Por quê?
Maurício - Essa visão não é diferente no CRCPR. A Câmara de Desenvolvimento Profissional vem ganhando importância a cada ano, no Paraná, justamente por acreditarmos que quanto melhor for o nível educacional e a abertura para a atualização dos profissionais, melhores serão os serviços e também a competência ética. A educação continuada é indiscutivelmente uma forma de fiscalização preventiva. No ano passado, o CRCPR promoveu ou apoiou um total de 39 eventos, em 20 cidades do Estado, atingindo pelo menos 11 mil contabilistas. Para este ano temos 72 eventos programados. Esperamos atingir o dobro. Esse número poderá ser mais significativo ainda até o final do ano, levando em conta que acabamos de inaugurar uma nova sede, mais ampla, mais moderna, com espaços bem mais adequados para eventos. Vamos, por outro lado, dar continuidade à melhoria dos espaços dos escritórios regionais do CRCPR e à ampliação de parcerias com instituições de ensino.

 
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