:: Palestras do VI Cecoc foram aplaudidas de pé

Todas as palestras do VI Ciclo de Estudos Contábeis de Curitiba (Cecoc), realizado de 11 a 13 de maio, no auditório do UNICENP, foram aplaudidas de pé pelos cerca de 900 participantes, na sua imensa maioria estudantes. O VI Cecoc foi coordenado pelo professor Wilson José Masutti, organizado pelos cursos de Ciências Contábeis de Curitiba e Região Metropolitana, com apoio do CRCPR, Fecopar, Sescap-PR e Sicontiba.

O perfil do profissional

Na opinião de Roberto Belotti, o profissional contábil hoje não tem que ser bom, mas surpreendente, automotivado, ter metas e paixão pelo que faz. Não existem trabalhos ruins, mas trabalhos feitos por pessoas motivadas ou desmotivadas. O bom profissional não se acomoda nunca, mas faz acontecer.
Na sua palestra, Amauri Crozariolli comparou a escolha da profissão com a escolha do parceiro conjugal, em que há as fases de namoro, noivado e casamento, num envolvimento crescente de afeto. “A profissão é para ser amada”, afirmou. Além disso, o profissional tem que ser ético, marcante, comunicativo, humilde, saber cuidar da aparência, falar a linguagem do cliente e deve acompanhar a evolução da profissão. O segredo do crescimento profissional é buscar inspiração permanente nas duas grandes fontes que são a teoria e a prática.
Ex- presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Norte e atual conselheira do CFC, Juceleide Leitão completou a linha de raciocínio das palestras anteriores, dizendo: “Se não conseguirmos gerenciar o empreendimento que é a nossa vida, como vamos gerenciar o empreendimento do nosso cliente? O contabilista é o confidente fiel do administrador, procura corresponder ao que o cliente espera dele e ao mesmo tempo deve se preocupar com a sociedade”.

Responsabilidade social

“Uma empresa não pertence somente aos sócios, mas também à sociedade”. Seguindo essa filosofia, a BS Colway defende que a solução dos problemas do país não é só papel do governo, mas de todos os cidadãos. Em sua palestra, o presidente da empresa, Francisco Simeão, apresentou os programas que combinam gestão e responsabilidade social.
Como um dos principais problemas sociais do país é o desemprego, a primeira preocupação da BS Colway é gerar emprego, mas com auto-estima, por meio de programas de inclusão escolar, digital, incentivos e oportunidades de melhoria da qualidade de vida dos funcionários e de suas famílias.
Com foco no meio ambiente e na saúde, o “Paraná Rodando Limpo” propõe a erradicação da dengue pela retirada de pneus dos lixões. O “Bom Aluno” oferece apoio a estudantes carentes. O grupo escoteiro Guardião das Águas tem a tarefa de proteger as águas da região de manancial de Piraquara, onde a empresa está instalada. A Cidade Mirim, inspirada no modelo da Opet, absorvido do Colégio Lins de Vasconcelos, se propõe a formar cidadãos. São esses os principais programas, cuja sinergia – de acordo com Simeão – faz com que a empresa seja 37% mais produtiva que as demais do setor.

Visão de conjunto

O VI Cecoc foi encerrado com palestra de um dos mais renomados professores de contabilidade do Brasil, autor de grande número de livros, destacando-se o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. Sérgio de Iudícibus definiu a contabilidade como uma ciência social em contínua evolução. Disse que a contabilidade gerencial, em particular, tem sofrido mudanças estonteantes em função das novas tecnologias. Em razão disso, nenhuma faculdade consegue formar um profissional completo. Este precisa se atualizar permanentemente. A grande dificuldade do contador, hoje, na sua avaliação, é desprender-se dos detalhes com os quais lida para ter visão de conjunto – diferencial dos grandes profissionais.

 
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