"A suspensão da Medida Provisória 232, depois da histórica mobilização da sociedade, representada por centenas de entidades que compuseram a Frente Brasileira contra a MP, é uma vitória da democracia, vitória da população quanto à sua capacidade de dizer não ao aumento de impostos e a uma política econômica exclusivamente preocupada com a arrecadação e indiferente à melhoria de vida das pessoas e expansão das atividades. O fato, para nós, paranaenses, é uma satisfação particular, uma vez que a reação começou em nosso Estado, mais exatamente no Conselho Regional de Contabilidade do Paraná ”.
Com esta afirmação, o presidente do CRCPR, Maurício Fernando Cunha Smijtink, avaliou a decisão do governo federal de sepultar a MP 232. Segundo ele, a rejeição à MP, que levou o governo a suspendê-la, foi inteiramente desencadeada pela Frente Brasileira – movimento lançado pelo CRCPR e o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), no dia 12 de janeiro, no auditório do CRCPR, em Curitiba, com a participação de lideranças de inúmeras entidades, entre outros, Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo; Antônio Marangon (Sescon-SP), Arthur Carlos Peralta Neto (Federação da Indústria do Estado do Paraná),Valdir Pietrobon (Fenacon), Darci Piana (Fecomercio), Carlos Eduardo Haphner (OAB/PR), Antônio Carlos Dóro (CFC/Fecopar), Mário Elmir Berti (Sescap-PR), José Francisco Schiavon (Fehospar), Sílvio Felipe Guidi (CRO-PR), Martin Afonso Palma (CRM-PR), Janye Marcon (Corecon-PR), Luiz da Silva Bavaroski (Senac-PR), Sandra Fedalto Junes (Setcepar), Narciso Dóro Júnior (Sicontiba), Mariano Dynkovski (Creci-PR), Jefrey Kleine Albers (Faep), Divanzir Chiminacio (Fecopar), Nelson Zafra (CRCPR), Fernando Borazzo (Sincopuava), Allan Jucovski (Múltipla), Marcos César Gonçalves (Cooperlog), Marcos Rigoni de Mello (CRCPR). A relação completa das entidades está no site www.mp232.com.br
“Seja esse movimento o embrião da reforma tributária que o governo Lula prometeu e não fez”, disse, na ocasião, o presidente da Fecomercio/PR, Darci Piana. “Seja o início de mudança de um paradigma – o paradigma de que o governo aprova o que bem entende”, afirmou o presidente do Sescap/PR, Mário Berti.
Frente
A partir de então foi criada a Frente Brasileira contra a MP 232, reunindo, no final, mais de 1.400 entidades, representativas não somente do setor de serviços – o maior prejudicado -, mas também do comércio, da indústria e da agricultura. A meta, desde o princípio, foi a derrubada da MP e reapresentação de nova proposta, por meio de projeto de lei – o que, enfim, será feito. O governo se comprometeu de enviar projeto para votação, no Congresso, em caráter de urgência, mantendo a correção do IRPF.
Depois do primeiro encontro, em Curitiba, a Frente realizou duas manifestações em São Paulo (uma no Sescon, outra no Clube Esperia), lançou cartilha demonstrando as conseqüências do aumento de impostos, entregou manifesto ao Senado e à Câmara.