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Cansado
do mau atendimento da Receita Federal, o CRCPR recorre à Justiça
e reivindica um posto de atendimento exclusivo para contabilistas |
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De tanto ouvir queixas dos
contabilistas paranaenses sobre dificuldades no atendimento e exigências
absurdas da Receita Federal, a ponto de ameaçarem o exercício
da profissão, o presidente do Conselho Regional de Contabilidade
do Paraná, Maurício Fernando Cunha Smijtink decidiu recorrer
ao Judiciário para obter do órgão federal um serviço
rápido e de qualidade. Paralelamente, o CRCPR está reivindicando
a instalação de uma Central de Atendimento ao Contribuinte,
nas suas dependências, em Curitiba, para uso exclusivo dos contabilistas. As filas na sede
da Receita Federal, em Curitiba, começam na madrugada, por volta
das 4h, embora o atendimento só inicie, por meio de senha, às
9h. Houve até um assalto a um contribuinte, na madrugada de 28
de julho. Falta de pessoal e excesso de exigências O problema é
antigo e tem sido objeto de críticas, às vezes contundentes,
das entidades contábeis, mas também de sugestões
para busca de soluções em conjunto. Ocorre que 80% ou
mais do atendimento diário da Receita Federal, em todo o País,
é feito a profissionais da contabilidade ou funcionários
de escritórios, representando empresas. O duro sacrifício
da fila, muitas vezes, é apenas para atender um chamado da própria
Receita e provar que a empresa está em dia com suas obrigações.
Recentemente, foram despachadas 226 mil notificações,
provocando um congestionamento sem precedentes nos balcões do
órgão e complicações às empresas,
que sofreram bloqueios injustamente até comprovarem situação
regularizada. Agrava que só são atendidos, no máximo,
dois casos por vez, obrigando os escritórios de contabilidade
a retornarem ao órgão quantas vezes precisarem para resolver
as pendências dos clientes. Delegado sensível à causa No dia 14 de outubro, o presidente do CRCPR, Maurício Fernando Cunha Smijtink, acompanhado do secretário da Federação dos Contabilistas do Paraná, Expedito Barbosa Martins; presidente do SESCAP-PR, Mário Elmir Berti; e do presidente do SICONTIBA, Divanzir Chiminácio, esteve na Delegacia da Receita Federal em Curitiba, debatendo a questão com o delegado Vergilio Concetta. Este é sensível e concorda que os contabilistas, como intermediários entre o fisco e os contribuintes, merecem um atendimento melhor. Responsabilizando o sistema, ele informou que a Receita está buscando solução para o problema das empresas com dificuldade de obter certidão negativa de débitos, apesar de estarem em dia com o Fisco. Informatização de serviços Entre as medidas
que podem ajudar estão a eliminação e simplificação
de exigências, informatização de serviços,
integração eletrônica dos órgãos,
uniformização de processos, fim da exigência de
obrigações acessórias a partir da comunicação
de paralisação definitiva da empresa, mas o fundamental
mesmo é o atendimento diferenciado aos contabilistas, responsáveis
pela regularização da vida das empresas, defende o presidente
do CRCPR. |
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