Organizado pelos cursos de Ciências Contábeis da capital, com apoio do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná e entidades contábeis, o V Ciclo de Estudos Contábeis de Curitiba, realizado de 12 a 14 de maio, na PUC-PR, teve mais de 1.200 participantes, na sua maioria, estudantes.
Na solenidade de abertura, o presidente do CRCPR, Maurício Fernando Cunha Smijtink, rebateu críticas do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que atribuiu parte das dificuldades das microempresas ao alto custo dos serviços dos contadores. “O ministro faz de conta que não sabe que a carga de impostos, a burocracia e as exigências fisco-legais é que são os maiores obstáculos à sobrevivência das pequenas empresas, parecendo desconhecer também o verdadeiro papel dos contadores no conjunto da economia. Sem nenhuma remuneração, estamos a serviço dos governos, tanto que muitas vezes somos confundidos pelos nossos clientes com os governos”, disse o presidente do CRCPR.
Fazendo um balanço, no final, o coordenador, professor Vilson José Masutti, afirmou: “o ciclo, cujo objetivo principal é aproximar os futuros contadores das grandes discussões que envolvem a contabilidade, ultrapassou as expectativas nesta edição”. O número de inscritos poderia ter chegado facilmente a dois mil. As palestras foram realizadas ao vivo no Teatro Universitário (TUCA) e transmitidas simultaneamente para os auditórios Gregor Mendel e Mário Braga, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Masutti não descarta para o próximo Cecoc a escolha de um grande centro de convenções e estímulo de inscrição de mais profissionais, já que os eventos têm sido direcionados aos estudantes.

As palestras

Virtualmente assanhando os estudantes, Bernt Entschev, na sua palestra, citou os ganhos que um profissional contábil pode alcançar em empresas de médio e grande porte. Ele falou da necessidade de se planejar a carreira profissional, desenvolvendo as competências e habilidades disputadas pelo mercado, a exemplo da autoconfiança, determinação, responsabilidade, ética, dinamismo, criatividade, flexibilidade.
Falando sobre a “Busca da qualidade na gestão”, o professor Ruy Sant’Ana argumentou que tudo (produto ou serviço) pode ser melhorado. Não há limites para isso. É preciso, porém, ter indicadores para saber em que pontos melhorar.
A importância da contabilidade para as empresas modernas foi o tema da palestra do professor José Carlos Marion; Marcelo Alcides C. Gomes (Gestão para evitar a fraude), Jerônimo Mendes (O contador empreendedor), Marcos A. Quintanilha (Os desafios da auditoria frente à globalização do capitalismo).