:: O "novo" contabilista
Com
o slogan "O Brasil conta com o contabilista", comemoramos o Dia do Contabilista,
em Curitiba, de modo pouco convencional: instalamos uma barraca na Rua das Flores
e às pessoas que passavam oferecemos orientações sobre
Imposto de Renda e abertura de empresas. Participaram da manifestação
membros do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, do Sindicato
dos Contabilistas de Curitiba, do Sescap/PR e da Fecopar. Distribuímos
brindes, revistas, CD e formulário de Declaração de Renda.
Lançamos um concurso de monografia para profissionais, professores e
estudantes de contabilidade e o professor Vicente Pacheco autografou o seu livro
"A Contabilidade de Recursos Humanos e o Capital Intelectual das Organizações".
Pudemos contar com o apoio da Receita Federal, Sebrae/PR, patrocinadores e vários
veículos de comunicação registraram o evento.
Esta forma pouco comum de comemorar o dia da classe não é isolada.
No ano passado, em campanha na-cional coordenada pelo Conselho Federal de Contabilidade,
fomos mobilizados a doar sangue e incentivamos a sociedade brasileira a fazer
o mesmo, lembrando que no balanço da vida o que conta é a solidariedade.
Antes costumávamos festejar, no âmbito da classe. Agora, queremos
compartilhar a nossa alegria com a sociedade, mostrar o que somos e o que podemos
fazer de positivo à comunidade ( é claro que fazemos muito mais
do que declaração de renda e abertura de empresas).
Esta mudança de atitude festiva não é modismo. Ela vem
combinar com o "novo" contabilista, aquele que está saindo dos bancos
escolares e aquele mais antenado com as mudanças e exigências.
O "novo" contabilista não é elo apenas entre contribuintes e o
fisco, entre empresários e órgãos oficiais, mas estabelece
vínculos de responsabilidade moral também com a sociedade. Estamos
abandonando uma postura profissional mais ou menos fechada, centrada em objetivos
individuais, para adotarmos uma postura mais aberta, universal, no sentido da
integração com a totalidade dos campos, realidades e fatos atuantes
no processo histórico-social.
Isso tudo decorre da evolução simultânea da contabilidade
e da consciência profissional. Ao cuidar da gestão das riquezas
humanas, coletivas e individuais, a contabilidade chega aos nossos tempos como
ciência social de primeira grandeza e seus agentes precisam corresponder
com atitudes à altura, oferecendo respostas que não podem mais
ficar restritas a interesses regionais.
Nelson Zafra
Presidente do CRCPR