A intenção do novo governo federal, que assume dia 1º de janeiro, é modernizar a estrutura sindical do país e uma das propostas anunciadas será a extinção da contribuição sindical. Se levada a cabo, a medida atingirá os cofres de 15,96 mil sindicatos e associações, ligados a federações e confederações de empregados e de empresas. Segundo a Caixa Econômica Federal, a contribuição rendeu, somente no período de janeiro a outubro de 2002, R$ 583,9 milhões. A iniciativa do governo, no entanto, encontrará barreiras, pois a contribuição sindical é garantida por lei.

Um estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas demonstra que a criação de milhões de empregos, como prometeram os candidatos durante a campanha eleitoral, não eliminaria nem 10% da pobreza no país. Para combater o problema, segundo a pesquisa, além de emprego, é necessário criar soluções para o setor informal da economia. Esse segmento não é beneficiado por nenhuma política social.